quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Os audazes

Viver neste mundo onde o egoísmo impera, onde a veleidade de julgar se tornou forma corrente, os audazes vingam , os audazes enfrentam sem medo o hoje e o amanhã...Não julgam ! Os que amam, tão docemente , suaves como veludo, dão sem queixume., recebem com um sorriso , o que ainda esta vida contém, de bom , de mau... nada é eterno e tudo é tão simples, apenas precisamos de acreditar , de querermos ser hoje e amanhã seres de um mundo maior.... Os audazes não temem... Amam!!!!!!
Célia Maria Magueijo
2011

Num qualquer por de sol...

Com a paz que nasceu , num qualquer por de sol, viveu se a ternura de um abraço, singelo mas marcante, silencioso mas tão falante... E sem se preocupar com a dor, a alegria foi maior, sem conseguir no entanto o silêncio abafar, um grito que fez eco...e voltou em forma de sonho, forma de cisne dançando num enamorar dos sentimentos, num absorver de alma, sem oprimir , sem exigir... apenas dando!!!
 Célia Maria Magueijo
 2011

Caiu a noite.

Esperei que o sol se escondesse, num colorido sem igual, cores de paz e alento, noutro horizonte nasciam e no meu... caía a noite, com o seu silêncio de Midas, com a paz e o encanto de duas almas perdidas...

Célia Maria Magueijo
2011

Num tempo perdido

Num tempo perdido ,
algures no horizonte,
vi um lago florido ,
ecoava murmúrios de encanto.
O lago calmo e repousante ,
suas margem floridas verdejantes,
a minha alma se perdeu...
na paisagem sem fim...
de um dia te dizer que,
ainda não chegou o fim...

Célia Maria Magueijo
2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Ficar

Sentindo  devagarinho,
que na pequenez do ninho,
o amor te faz crescer
para um dia poder,
ficar...
Célia Maria Magueijo
2011

Ama me assim

Palavras que se adormecem
Pois a boca beijada
Na noite calada
Pelo silêncio de ouro
Apenas diz em murmúrio
Ama me assim.

Célia Maria Magueijo.

2011

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Uma manhã de Outono.

Naquela manhã de Outono, onde nem a claridade se vislumbrava pelas frestas dos cortinados, apenas via os contornos dos nossos corpos suados, avidos daquela paz que se foi instalando, pela noite se foi expressando, nossos corpos num só , numa entrega suave, delicada , mas arrebatadora. Ficámos... Assim em silêncio, pois ali não cabiam palavras... 


Célia Maria Magueijo
2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Luta.

Certa noite, o vento frio gelava nossas almas, almas perdidas no meio da escuridão,
perdidas, mas na emoção de um trilho encontrar...Que loucura, que doidice nos deu,
mas lá ao fundinho, um ponto de luz...
Que engraçado pontinho, parecia um pirilampo,
mas era uma cabana... Gente calorosa,
nossos pés doíam de tanto caminhar,
mas que nos deu?,
ai os pés ...e as mãos doendo do frio,
junto com o calor da lareira, chocolate quente,
um leito para dormir, e que mais importava...
Era a luta....
era a vontade de bem querer, 
a  vontade de amar,
a vontade de rir e acarinhar,
a vontade de ser livre,
de poder  voar,
pelo mundo desumano,
num amor sem igual,
e assim foi.....
Até ....

Célia Maria Magueijo
2010

Meu anjo, meu espelho

Anjo meu que aconteceu ?
Vagueando pela floresta,onde as fadas e os duendes te encantaram,
vagueaste por mundo, por guerras, por catástrofes
sem um queixume, sem um mas...
Com vontade de chorar,
sorrindo...
Por uma migalha de mimo, por uma migalha de carinho, por uma mão apertada no Fim.
Por uma lágrima rolando aquando um choro de nascer,
por nós que aí não estávamos
por ti que cansaço nunca vencido, 
caminhavas com honra 
para o fim.
Fim de tantos sofrimentos,
de tanta fome que saciaste,
de tanto abraço espalhaste
de tanto afecto que ensinaste.
E...Um dia...
Precisavas de uma  mão para apertar,
de um ultimo beijo a dar...
Ai que dor não te a ter dado
Ai que dor não ser eu ,
e tu ficares.
Ai que dor que apetece gritar
Levem-me a mim.
Levem-me a mim.
Mas ninguém me ouviu.....
Mas num sopro de voz
ditaste
ditaste para mim....
Amo-te meu anjo meu espelho
Amo-te minha alma, minha Cláudia.
Até..
Célia Maria Magueijo.
2010

Deixem - me!


deixem-me ser, o  que sou,
deixem-me ser o que não sou.
Deixem-me ser quem gostava de ser
deixem-me ser quem gostariam que fosse
deixem-me ser um ser. 
Ser que erra,
ser que chora,
ser que diz aí,
ser que quer,
ser que luta,
ser que cai.
ser que se ergue
ser que dá.
Ser que recebe,
ser que ama,
ser que morre.
Mas como as árvores.....de pé
Deixem-me ser......EU !!

Célia Maria M. Magueijo
2010

Cavaleiro andante

As histórias começam, quase sempre assim, era uma vez....
Cavaleiro andante, no seu cavalo cor de neve, cavalgando, planícies, vales e montes, em busca.... 
em busca do tudo e do nada, mas que buscas afinal ? quem? um mago? uma luz que te dirá o caminho a seguir? Ai que não, ai que nada disso...seu cavalo a galope, sôfrego de um pouco de água, mas ele , o cavaleiro não pára , em busca....... 
Ó sol que cais no horizonte ...ó sol que te escondes nos teus laranjas fazendo cair uma noite estrelada , mas e ele nem assim  pára...!!!!! Casa com luzinhas ao longe consegue alcançar, mas nela...nada, que buscas cavaleiro... não está aí, nem aí, nem tão pouco aí.. Cavaleiro errante, cavaleiro andante...
Cravas tuas unhas na palma da mão como que de raiva se tratasse, mas não... tu sabes que não!!!
Cavaleiro andante, que foges da multidão, que te fechas apenas , na concha que a maré vazia te trouxe no entretanto...Pará de buscar, pára de cavalgar ! Não fujas ! 
Ó triste que não perdoas, ó triste que dizes ter esquecido..., nada disso... ninguém perdoa  assim...e tu ainda nem tão pouco esqueceste... Foges !!!!  E  Foges apenas  de TI !!!!!!!!!!!!!

 Célia Maria Magueijo

Devaneios

Poesia se viveu ,
na doce magia que mostrou,
que o silêncio quase morreu,
quando um beijo o calou.

Célia Maria Magueijo.

O espelho


O espelho da minha avó tinha um segredo . Dizia as verdades ,
quando o olhava-mos de frente e os nossos olhos fitava-mos.
É difícil mas ele reflecte sempre a nossa verdadeira essência,
a ela não podemos , jamais, fugir, mesmo quando tentamos,
pois os olhos não mentem...são o espelho da alma....
Assim era um espelho especial da minha avó...

Célia Maria Magueijo

Momentos...

  • em que nos deixamos levar pela imaginação
  • e ao espreitar por entre as sedas dos nossos pensamentos
  • somos assaltados pela imagem de dois corpos que se fundem
  • num misto de suores delírios e cumplicidade
  • em que duas almas se tocam com um beijo
  • entram em êxtase, num amor de extremos
  • onde o fulgor e o arder se esbate num momento, outro momento de satisfação ...

    Célia Maria Magueijo

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

NOS TEUS BRAÇOS

eventualmente envolvo-te nos meus braços,
levo-te aos céus, quase tocando no sol
e de um momento para o outro,
acordas a precipitar-te numa queda livre
desamparada,
rumo ao desconhecido
onde os teus medos mais profundos,
ganham vida,
tranformam-te,
aumentam a velocidade da queda
e tudo que consegues sentir é a dor do embate que ainda não chegou.

Célia Maria Magueijo
2011