terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sorrindo

O chão da velha casa de madeira , rangia sob os seus pequenos passos, devagar aproximou-se da janela e olhou o horizonte onde buscava a sua paz...
Mais uns passos e abriu a porta que dava para o jardim , flores de todas as cores lhe sorriam, árvores vénias lhe faziam pela sua beleza que era tão rara, tez cor de mel, cabelos cor de azevinho, seu corpo franzino , suas mãos suaves como veludo. Levemente passou as mãos pelas flores , pelas folhas das árvores que vénias lhe haviam feito. No seu rosto um sorriso tímido tirou o lugar ao triste sorriso que até então se havia instalado. Que prazer sentia a sua alma ao perceber que as flores, as árvores, nada mais eram que o seu amor pela vida pelo outro, pelo bem que fazia em ser assim , cândida flor , doce favo de mel, veludo para se tocar, vénias para se fazer. Delicioso amanhecer, pensou... Mais tarde quando a noite se fazia sentir ,seu corpo de seda acariciado pela mão da natureza  num profundo e delicioso sono se acalmou e adormeceu sorrindo...

Célia Maria M. Magueijo
2011

1 comentário:

  1. Dos textos prosaicos mais comoventes e doces que já li....a Maria consegue combinar as figuras de estilo com uma ternura ímpar...como romancista e poeta rendo-me a este encanto de escrita que tem perfume e paladar pela forma como adjectiva...dos melhores textos sobre o amor que já li...Parabéns Maria!!

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